Bom dia! Segue o texto...
Quanto tempo não vejo umas palavras escritas sobre as minhas cartas...
Esse é o sinal que tenho que ser malabarista, viver , trabalhar, escrever e dar conta de tudo que me cabe. Mulambo está certa, não se pode descuidar de nada.
Então tirei "ao acaso" duas cartas para falar sobre um assunto que fosse do interesse de todos. Eis que são: Feitiços e Coração.
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Baralho de Dona Mulambo |
Considerando os tempos difíceis que vivemos, tudo tão fugaz e descartável, diria que amar se torna uma grande novela da vida, cheia de altos e baixos, exigindo sábia maestria.
Aqui falo do amor entre pares, entre pessoas que buscam uma realização afetiva. Vou deixar de lado os aspectos sublimados do amor.
Quando vemos a carta do Feitiços, por hábito nossa mente recorre aos significados comuns, magia, uma amarração, um trabalho feito para prender o coração de alguém? Pode ser.
Mas sou levada a escrever sobre outra coisa, o lado sutil dessa carta que considera em primeiro lugar o equilíbrio entre a razão e a emoção, entre o pensamento e o desejo. Assim questionamos se nosso desejo de afeto ou desejo de qualquer outra coisa é justo, faz sentido e se podemos nos mover em direção a ele. A magia pode isso.
Em casos afetivos, sentimentais, o vórtice de energia que move nossos chacras é sensível e facilmente passível de desequilíbrios. O que chamamos de amor, pode ser de fato outra coisa: carência, amor próprio ferido, orgulho, paixão, ilusão, transtorno emocional.
Se houver um pouco de bom senso, antes de partir para interpretações precipitadas, podemos nos questionar intimamente. Esse sentimento é legítimo ou faz parte de um combo onde a vontade de alguém deve prevalecer sobre a vontade do outro?
Isso é amor, ou um aspecto imaturo, narcisista, uma vontade de dominar e subjugar o outro? Afinal, escutamos uma expressão que a mim causa estranheza: quero ver fulano/a comer na minha mão...
Somos pessoas, não animais em fase de adestramento. E subjugar não é amar. Pode ser sim, um amor desmensurado por si mesmo, onde alguém cego dentro de suas próprias incoerências quer ver um troféu enfeitar a prateleira de seu ego.
Como todo processo de conquista passa pela própria pessoa, a magia é uma boa ferramenta de cura, de equilíbrio sadio, numa conversa com as divindades em busca de harmonia.
Vejo pessoas aflitas em busca de recursos mas esquecendo que tudo começa por uma limpeza de alma, de energia, de caminhos e hábitos.
Uma mudança de postura, uma fé inabalável pode fazer o mundo girar e o coração vibrar numa frequência que trará as pessoas certas para nossa vida, ou nos fará direcionar o amor para uma causa maior.
É muito ingênuo pensar que o "amor" esse sentimento tão luminoso, regido por Deusas magnificas se presta a mesquinharias.
Quer amor? Se equilibre primeiro, acerte o rumo e ame. Não lamente o que não tem, abra-se sinceramente ao amor. Talvez ele não tenha um camaro amarelo, não seja um personagem de novelas ou filmes.
As pessoas reais são simples, imperfeitas, complexas e cheias de problemas, assim como eu e você.
Peça aos Deuses do universo que te ajude a encontrar o equilíbrio e a verdade sobre si mesmo, ame-se e respeite-se, ai sim parta para a vida e seja feliz com alguém.
Estando diante de alguém num atendimento, não nos cabe julgar. Mas nada impede que uma conversa sutil e bem direcionada seja de certa forma uma luz para curar feridas e traumas.
A outra metade da laranja? Somos nós mesmos. Junte as metades e veja como ficamos mais bonitos, fortes e cheio de magia.
BJus e boa cartomancia sempre com ética.
Referencia: Dona maria Mulambo - Oráculo, símbolos e magia. Sonia Boechat Salema